Guia de campo do Caminho do Itupava (#01): Besouro Cervo do Paraná
O besouro cervo do Paraná é um besouro da família
Lucanidae, conhecida pelas imponentes mandíbulas dos machos. C. lindei
é comum no sul do país, mas também existem outras 2 espécies conhecidas deste gênero
(C. humboldti e C. spixi), sendo necessários mais estudos para descobrir possíveis
novas espécies.
Como identificar?
A presença de élitros, a carapaça robusta que cobre as asas posteriores, indica que se trata de um besouro; neste grupo diverso a presença de mandíbulas extremamente alongadas auxilia na identificação desta espécie como um membro da família Lucanidae.
Os machos são mais característicos
por possuírem mandíbulas alongadas e curvadas para baixo e para dentro. Além
disso, as margens internas das mandíbulas são denteadas e com um dente maior e curvado
na ponta, sendo que a porção final forma um “ângulo” no ápice. Esta espécie se distingue
pelo pequeno dente externo na mandíbula e também pela distribuição da
pilosidade interna das mandíbulas, que fica restrita à sua base. Pode ser
confundido com C. spixi que também é frequentemente coletado.
Onde ele vive?
Você pode até encontrar estes besouros em áreas montanhosas, acima de 1000m no Paraguai, Argentina e Brasil; no Brasil, C. lindei ocorre na região sudeste. Podem ser vistos sob a vegetação, na trilha, ou no tronco de árvores.
O que ele come?
Eles adoram seiva de árvores fermentada, mas
também não dispensam frutas em decomposição. De fato, como podemos observar nas
imagens, as cerdas na base das mandíbulas (que aparecem um bigode ruivo) ajudam
o besouro a se refestelar em seiva!
As mães carregam e inoculam esporos de fungos que irão crescer e alimentar a
larva que vive por mais de 1 anos dentro de madeira em decomposição. Os adultos
só são vistos de dia e as fêmeas possuem mandíbulas bastante reduzida além da coloração
geral ser menos viva que nos machos.
Apesar de enormes, as mandíbulas do besouro são inofensivas, sendo utilizadas somente para brigar com outros machos em lutas pelo acesso às fêmeas; ou seja, não mordem e são inofensivos.
Comentários
Postar um comentário