Insetos do Brasil - Costa Lima
Fonte: https://seb.org.br
Ângelo Moreira da Costa Lima, nascido em 29 de junho de 1887 no Rio de Janeiro, é um dos maiores nomes da entomologia nacional sendo considerado um dos precursores da entomologia agrícola. É comumente citado como um professor dedicado, de exímia educação, irreverente e de enorme talento para a entomologia¹.
Formado em medicina, iniciou seu trabalho com insetos em 1907 atuando como Auxiliar Acadêmico do "Serviço de Prophilaxia da Febre Amarela”, coordenado por Oswaldo Cruz, e posteriormente, em 1910, sendo convidado a compor a comissão de combate à Febre Amarela em Belém do Pará. Logo após, atuou como pesquisador estudando a diversidade, biologia e medidas de controle biológico de culicídeos (Diptera) transmissores da febre amarela nas cidades de Santarém e Óbidos³. Posteriormente atuou como professor no Rio de Janeiro até o fim de sua carreira. Faleceu em 20 de maio de 1964.
Entre os mais de 300 trabalhos científicos publicados por Costa Lima, destaca-se a coleção de livros abordando a entomofauna nacional: INSETOS DO BRASIL. Entre 1935 e 1937 publicou na revista “O Campo” a respeito de 19 ordens de insetos². Em 1938 publicou o primeiro tomo da coleção Insetos do Brasil, como uma versão expandida destes trabalhos. Originalmente o intuito do livro era de caráter suplementar às aulas ministradas por Costa Lima e de distribuição gratuita aos alunos. “Era o verdadeiro professor pesquisador. Ensinava o que havia feito.”¹. Contudo, após a publicação dos dois primeiros tomos Costa Lima percebeu a necessidade de uma obra abrangente da fauna de insetos brasileiros².
Entre os mais de 300 trabalhos científicos publicados por Costa Lima, destaca-se a coleção de livros abordando a entomofauna nacional: INSETOS DO BRASIL. Entre 1935 e 1937 publicou na revista “O Campo” a respeito de 19 ordens de insetos². Em 1938 publicou o primeiro tomo da coleção Insetos do Brasil, como uma versão expandida destes trabalhos. Originalmente o intuito do livro era de caráter suplementar às aulas ministradas por Costa Lima e de distribuição gratuita aos alunos. “Era o verdadeiro professor pesquisador. Ensinava o que havia feito.”¹. Contudo, após a publicação dos dois primeiros tomos Costa Lima percebeu a necessidade de uma obra abrangente da fauna de insetos brasileiros².
Ao longo de 24 anos os volumes da coleção foram sendo publicados, ainda que com muitas dificuldades, como conta Costa Lima no prefácio do 12º e último tomo, publicado em 1962. Costa Lima assume seu desejo inicial de publicar ainda mais 7 volumes mas na época, aos 75 anos, a visão fraca e problemas de financiamento das publicações tornaram o ambicioso projeto inviável.
O legado deste grande entomólogo é mantido nas suas obras, pelo qualidade das descrições e ilustrações, além de várias espécies de insetos nomeadas em sua homenagem como, por exemplo, Lutzomyia costalimai (Mangabeira, 1942) e Simulium costalimai (Vargas & Martinez Palacios, 1946), além da Sala de Exposição Entomológica Costa Lima do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) na cidade do Rio de Janeiro, onde são expostos 100 insetos representando a coleção particular de Costa Lima5 . Ainda, em 2010 a Sociedade Entomológica do Brasil criou o prêmio Ângelo Moreira da Costa Lima, que prestigia o trabalho de entomólogos nacionais6.
Macho (A) e fêmea (B) de Triatoma costalimai (Verano & Galvão, 1959), percevejo nomeado em homenagem a Costa Lima. Fonte: GONÇALVES et al., 2013.
Existia um site da UFRJ que compilava os volumes
de Insetos do Brasil em pdf, entretanto este site foi desativado em 2017. Assim, a coleção Insetos do Brasil, só pode ser encontrada digitalmente de forma dispersa. Hoje os livros são verdadeiros itens de colecionador para os amantes de insetos, tamanha a sua relevância para a entomologia nacional.
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